Mulher, honrar a natureza do teu corpo, é um ato de revolução!
Peço licença, eu quero fazer poesia com meu corpo.
Por mecanismo de defesa nos proibimos de ser vulneráveis, vir em um corpo fêmea, por si só já é motivo de viver em perigo.
Então, a gente cria cascas, armaduras, roupagens, por puro instinto de sobrevivência.
Peço as Deusas, por amor, nos ajudem a nos libertar dessas couraças que impedem de mergulhar em águas de amor.
Por mais que a alma clame, a ancestralidade alerta: perigo.
Queremos adentrar corpo adentro e conhecer cada parte da nossa natureza e fazer dessa reconexão uma revolução, em segurança.
Mas para isso, pedimos licença a todas que vieram antes, foram queimadas, torturas e sacrificadas, honramos vocês.
Queremos ser obras da Deusa, e para isso precisamos acolher e aceitar a nossa vulnerabilidade.
O delicado, o belo, amoroso, imperfeito, enlouquecedor, de ser mulher.
A natureza do corpo pede em prantos, chega de sufoco, queremos paz em habitar um corpo mulher.
Não nos anestesiem mais, que tenhamos força para fazer dos mistérios do nosso corpo uma revolução.
Autoria do texto: Nathália Jucinsky @nathaliajucinsky

Imagem via Pinterest Who What Wear