Queria que o meu primeiro texto desse ano tivesse um conteúdo diferente desse, mas diante das circunstâncias, vamos falar da realidade.
O gênero mulher corre perigo, é urgente, meu coração clama por socorro, somos vítimas em potencial desse sistema machista/patriarcal que não cansa de objetificar nossos corpos.
Não podemos falar em liberdade da mulher sem que tenhamos o básico: o direito a vida.
A mulher livre é uma afronta a essa sociedade adoecida, não temos base educacional para compreender a liberdade da mulher.
Nossos corpos são objetificados desde que nascemos, não existe um lugar 100% seguro para se viver sendo mulher.
Não tem classe, não tem idade, não tem cor, a todo momento uma mulher é alvo de violência, seja física, sexual ou psicológica.
Por sermos mulheres estamos em perigo, suscetíveis a sermos vítimas, a qualquer momento.
A dor de uma é a dor de todas, quando uma de nós sofre, isso reverbera em todas nós, fazemos parte da mesma máquina propulsora de opressão.
Julieta, você deixou um legado de alegria e liberdade, que nós aqui possamos honrar a sua luta, e que por mais incrédulas que possamos ficar diante dessas atrocidades, vivo para presenciar o dia que o nosso grito de liberdade será o direito a vida em segurança.
Por ti, por mim, por nós todas!
Autoria do texto: Nathália Jucinsky @nathaliajucinsky

Imagem via Pinterest @shymemorias