A maestria sobre nossos corpos passa pela menstruação, indiscutivelmente.
Diante dessa informação preciosíssima para o reapoderamento do nosso corpo fêmea, preciso trazer algumas questões sociais que permeiam o universo das mulheres menstruantes:
A pobreza menstrual é uma realidade dentro da nossa sociedade, e precisamos ter olhos para ver o que acontece dentro da nossa comunidade, no Brasil uma entre quatro adolescentes não tem acesso a absorventes e 1,5 milhões de brasileiras não tem banheiro em casa (informação colhida da Mandala Lunar).
Essas mulheres se utilizam de meios extremamente prejudiciais à saúde pela falta de acesso ao mínimo: absorvente, água encanada, privacidade. Alguns casos usam pão para conter seu sangue.
A falta de informação nos leva a um lugar de proliferação de tabus que prejudicam o fluxo natural dos nossos corpos, falar de menstruação ultrapassa um modismo holístico momentâneo, saúde da mulher é um direito constitucional.
Precisamos de espaços seguros e inclusivos para que o nosso sangue possa escorrer com dignidade.
Falar sobre menstruação e polinizar a importância do reconhecimento do fluxo natural dos nossos corpos fêmeas é um ato político.
Quanto mais atenção nós, em vozes de privilégios, ecoarmos esse uivo de libertação, mais vamos contribuir para a visibilidade menstrual (para todas).
Autoria do texto: Nathália Jucinsky @nathaliajucinsky

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