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Meu sangue, meu guia

 

Meu sangue, meu guia

Deságuo neste rio vermelho, que escorre e me traduz, aprecio e deixo correr. É gostoso sentir meus fluídos internos, me apreciar de uma forma selvagem, essa experiência me leva a um lugar orgástico pelo meu corpo mulher.

O sangue que escorre pelo meu ventre hoje é motivo de celebração, de entusiasmo, alívio, euforia, a sua chegada desperta a minha menina curiosa, aquela que gostava de ler sobre o futuro, saber o que ia acontecer e o que as cartas diziam para ela.

Hoje, através da compreensão sobre o meu corpo, alimento a minha menina, meu sangue é meu oráculo pessoal.

Através da minha auto observação as cartas vão saltando do baralho e logo a tiragem tá ali, bem na minha frente, me apresentando sinais da travessia que vou percorrer em mais um ciclo.

A vida é feita de agora, mas poder usar a intuição e compreender a linguagem do nosso corpo, nos possibilita lançar flechas certeiras, apreciar o processo com mais leveza, e apropriar-se do poder interior.

Que magia poder ser mestra de si mesma, ler o seu próprio futuro a partir da conexão profunda com o corpo. 

O  sangue que escorre no primeiro dia de lua me traz um sentimento de fé, fé que o novo sempre chega, esperança que tudo muda o tempo todo, e conforme vai mudando o corpo vai respondendo. A apropriação de si, do nosso corpo templo em manifestação.

Queria poder ter dito para minha menina, minha criança, que o corpo dela é um templo sagrado, que a cada ciclo lunar ela recebe de presente um oráculo, todo seu, nas mãos, que ela tem o poder e intuição de decifrar cada detalhe, e não porque ela estudou sobre o assunto, e sim porque ela conhece tudo sobre si mesma, e o que não conhece tem propriedade para descobrir.

Meu sangue é meu guia, a lua é minha mestra, e em total conexão com a minha natureza interna tenho o poder de ser Rainha.

Hoje eu não quero contar sobre a parte desafiadora de chegar até esse lugar, hoje eu quero celebrar por ter seguido meu coração, honrado a minha natureza feminina e ancestral, e seguidos meus instintos.

O sangue que escorre do meu ventre é jóia rara. 

 

Autoria do texto: Nathália Jucinsky – @nathaliajucinsky

 

Imagem do Pinterest: Gypsy Priestess Leesa Wilson

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