Estamos felizes de iniciar nesse novo ciclo algo muuuito lindo: a partir de hoje esse blog será composto de cinco mulheres incríveis, que com as suas pluralidades, diversidades de interesses, estudos e vivências, vão trazer até nós os temas que mais as tocam!
Hoje iniciamos com uma apresentação de cada uma, e a cada quarta-feira teremos um novo texto, assinado por uma delas/de nós! Leiam e sintam um pouco da potência dessas mulheres que estarão aqui com a gente!
JULIANA CERDÁ @julianacerdamendes
Salve e benção para você que chegou aqui na terra que cura… terra fértil, expansão, criatividade, curiosidade e muito saber. Muito prazer, meu nome é Juliana Cerdá Mendes, 45 anos, mãe solo de duas mulheres- meninas, Letícia de 15 e Isadora de 9 anos. Me formei em arquitetura e urbanismo, estudei um pouco de moda, sou professora de yoga, e até curso de cabeleireira eu fiz, tamanha curiosidade… com elas eu percorri muitos mundos e caminhos, me reconhecendo ser mãe… nessas andanças uma vez topei como o moon cup, daí eu encomendei um, falei com o ginecologista que nada sabia sobre ele, e o deixei guardado. Tempo passa, nasceu a Isadora, novos desafios, eu mãe solo de duas, parto natural e uma transformação em curso. Até que uma mulher, iniciando uma jornada de curso on line, sem ideia do que seria daquilo, chamada Morena, abriu a câmera e em lágrimas começou a despertar um mundo novo. Mandala lunar, plantar minha lua, sangue, cheiro, tabus, ginecologia natural, mulheres correndo com lobo… lá vamos nós, por mim e pelas duas mulheres que eu tenho a graça de guiar. Coragem veio e aprendi a usar o moon cup, fui atrás de absorventes de pano. Pronto, já conseguia olhar, cheirar, tocar e sentir meu sangue.
Comprei uma planta, chamada comigo ninguém pode, e foi com ela, que ainda está comigo parceira, que me aventurei a plantar minha lua. Uau! Quanta coisa começou a acontecer. Até que escutei falar de calcinhas menstruais, a Bela Gil falou sobre isso. Poxa só vendia fora do Brasil, será mesmo? Resolvi pesquisar e como algoritmo também pode ser aliado eis que a terra que cura se apresentou. Uma calcinha linda, com coração, feita por mulheres associadas, com preço justo, e com um brilho, uma força, um acolhimento que nem sei explicar. Elas chegaram, que emoção, usei e depois não quis mais nem saber do moon cup. Candida cadê você? Sumiu. Junto das calcinhas veio também o me conhecer, notava que desenhos se formavam, minha menstruação foi mudando, o sangue ficando vermelho, e uma relação amorosa firmou. Minha filha mais velha estava chegando perto da idade que eu menstruei pela primeira vez. Entre as mães da escola só se falava num implante hormonal que suspendia a menarca antes mesmo de acontecer. Fiquei chocada ao perceber que se tratavam de mulheres que não souberam lidar com a menstruação delas e para não precisar revisitar esse lugar queriam se livrar do sangue das filhas. Mais uma vez fui a diferente incomoda e abordei o assunto. Então percebi que as meninas amigas da minha filha foram se chegando, e eu falava disso abertamente. Combinamos em casa que quando chegasse o sangue da Letícia usaríamos terra que cura. Ela intuitivamente viu esse caminho se iluminar. Quando a caixa chegou a mágica se fez, junto uma boneca linda, direto do peru. E então a Isadora, que já percebia tudo, disse que também queria a dela, tanto a boneca quanto calcinhas. E magicamente eis que a terra que cura tinha as calcinhas infantis. Criamos uma conexão linda entre nós três que passava pelo coração da terra que cura. E transbordou! Conhecemos virtualmente a Sol, a Letícia se fortaleceu, (e jamais sentiu cólica ou teve Cândida), enviou Fotos usando a calcinha, e Isadora começou a criar visuais e pedir para a Sol criar coisas. Quando ela recebeu a calcinha dela especial, que festa! A terra da Sol e destas mulheres que se associam é fértil aliada… gracias gracias gracias.
E juntas agora seguimos para uma nova semeadura, para florir e frutificar letras de encantamento, trocas, sabedoria, acolhimento, aceitação, diversidade. Te agradeço por ter chegado aqui e torço que você volte mais vezes e se sinta em casa! Um beijo!
CORA @coraphotography_
Estou Cora, mulher, cis, branca, imigrante, artista e mãe de dois. Navegando entre o mundo da maternidade e o mundo afora, luto pra continuar criando sem precisar abrir mão dos meus filhos- muitas vezes pareço ter que escolher entre um ou outro. Faço trabalho de cura através da fotografia com mulheres e principalmente mães para que elas- e eu também- possamos nos enxergar com mais acolhimento e compaixão no poético caos do dia a dia.
Cheguei na Da Terra Que Cura online e por morar dois oceanos de distância ainda não consegui compartilhar minha tenda com essas preciosidades, mas sigo acompanhando seu lindo crescimento, babando nessas estampas maravilhosas e sonhando com o dia de nosso encontro.
Ver as manas no Brasil empreendendo e levando consciência pras mulheres é o maior presente que o mundo online trouxe. Muito respeito e admiração!
NATHÁLIA JUCINSKY @nathaliajucinsky
Conectadas por um propósito em comum, a reconexão com o sangue menstrual, Daterra QueCura chegou até mim no que eu mais enxergo como potência entre nós mulheres, o reconhecimento uma nas outras.
É tão potente quando temos um círculo de apoio, saber que tem mais de nós nesse mundo. Uma roda que se forma com o mesmo intento tem magia na manifestação.
No intuito de levar a importância da mulher se enxergar como mestra dela mesma, através da reconexão com seus ciclos menstruais, pari um ebook que auxilia as mulheres a fazer esse caminho de volta pra casa, esse corpo casa, e foi nesse momento que me conectei ao servir dessas mulheres. A união das nossas medicinas como propulsão para reconexão com a menstruação. Esse néctar da deusa que deságua em nossos corpos, e quanto honrado nos permite um (re)apoderamento da nossa essência mulher.
Gracias por mais uma vez estarmos unidas no mesmo rezo e que possamos ser, juntas, semente polinizadora de reconexão com a magia de ser cíclica.
SAMANTA GIANNICO @gestar_parir_amar
Eu sou a Samanta Giannico, mãe da Íris da Flora, Doula, criadora do Gestar Parir Amar e um ser pulsante pelas pautas da gestação a infância. Vivi em minha própria pele o ressignificado do nascer e do parto como rito de passagem após uma violência obstétrica.
Falar sobre nossos ventres e um caminho de retorno ao nosso corpo/território me fez coletivizar o olhar e a enxergar a beleza de mulheres que trabalham em prol de propósito a vida e ao nosso ventre/corpo – e foi assim que cheguei a Terra que cura – por reconhecer que a maioria de nossas vidas sangramos e que acolher todos esse período significa um caminho de retorno ao sútil de nossos próprios processos!
OAIANA @oaiana
Artista do corpo e da palavra, yogini, psicóloga em formação, atua na área da sexualidade desde 2017 como dançarina-criadora e desde 2018 facilita práticas corporais em grupo e personalizadas onde integra os saberes do tantra, do yoga e da dança.
Natural de Salvador – Bahia, é parida do encontro de Amazonas e Ceará com o recôncavo baiano. Neta de mulheres parteiras, erveiras e benzedeiras, acredita que perceber o corpo como território sagrado e reverenciá-lo é o primeiro passo para ampliarmos nossas experiências de cura e autoconhecimento na construção de uma narrativa própria e criativa enquanto sujeito e comunidade.
Conheci a DaTerraQueCura pela internet em 2020 quando recebi as minhas primeiras calcinhas menstruais. Pouco tempo depois fui convidada por minha irmã Itaiara a construir a AWO Toque&Cuidado, um projeto de venda e revenda de produtos ecológicos direcionados aos cuidados dos bebês e da nossa menstruação, no qual temos uma parceria com a DaTerraQueCura e outras marcas comprometidas com o cuidado e a saúde do nosso corpo e planeta. E por tanto, sou imensamente grata de contribuir com essa história de amor e revolução! ♥️
Esperamos vocês na próxima semana para seguirmos esse caminho lindo cheio de mulheres incríveis e seus textos abrigados aqui no nosso blog!
Com amor e afeto,
Equipe DaTerraQueCura