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Que mulher é essa? – Nathália Jucinsky

Ser comum é atestado de fracasso para nós mulheres, principalmente se o recorte social for mulher preta. Essa pergunta saltou na minha tela mental presenciando o fenômeno da ginástica artística Rebeca Andrade ganhando medalha de ouro nas olimpíadas e dividindo pódio com mais duas mulheres negras.

O que a mulher precisa fazer para ser exaltada?

Ser “comum” não é suficiente para ser respeitada, ser “comum” é atestado para ser massacrada por um sistema machista patriarcal que só espera um deslize da mulher para atirar a primeira pedra.

Não sei que lugar foi esse em que foi autorizado o direito ao “conselho” na vida da mulher, porque independente da fase em que estamos passando: lunação, gestação, menopausa; uma gigantesca parcela de pessoas tem opiniões e conselhos a distribuir.

Onde tem espaço para a mulher “comum” na nossa sociedade?

Não me canso de presenciar mulheres multifacetadas perdendo oportunidades por alguma questão que aos olhos capitalistas o rendimento não é mais o mesmo, saúde mental debilitada, maternidade, gestação, são alguns dos atravessamentos que precisamos nos blindar caso não queiramos por o nosso reconhecimento a prova.

Essa síndrome da superação tá me cansando, e vejo tantas ao meu redor exaustas; casa, filhos, trabalho, autoestima, estudo, saúde mental, criar algo incrível para ser reconhecida, ter algo importante a dizer, acertar, acertar, acertar.

Peço licença para habitar a vala comum, ser extraordinária acaba com qualquer psicológico, tá aí Simone Biles nos confirmando isso.

Um salve a mulher “comum”, que merecem ser exaltadas pelo simples fato de nascer “MULHER”.

 

Autoria do texto: Nathália Jucinsky @nathaliajucinsky

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